Botica

Circulando entre os convidados estava aquela criartura digamos, estranha, uma bela garota, ou diria eu, bela fêmea?

Pois eu não sabia muito bem se era humana.

Claro, a curiosidade com um misto de atração constitui um poderoso afordisíaco, abordei-a e logo fui arrastado para uma pista louca, ela com aqueles óculos, aquele vestido curto revelando um belo par de pernas, um aroma delicioso de Nancy em seu rosto de pêlos proeminentes.

Ela me contou sem qualquer constrangimento que era um ser licantrópico, que se alimentava de carne humana, mas o fazia com tanta irreverência que eu não podia acreditar, ainda mais assim, dançando faceiramente entre humanos.

A noite seguiu regada à risadas e bebida, música e mãos dadas.

Na alta madrugada me ofereci para levá-la em casa, ela dise que não era uma boa idéia, pois estava com fome, e não queria me fazer de jantar, insisti e ela acabou cedendo.

Ela conduziu-me então para um municipio da região metropolitana, alegou viver ali por estar perto das matas, onde podia dar vazão a seus instintos..achei graça.

Ela pediu para que eu parasse numa rua, que fosse embora rápido pois estava ficando perigoso, mas eu, como criatura fálica que sou segurei-a pelo braço e perguntei com ar de falsete:

--Você não quer mesmo me fazer de jantar?

Foram minhas últimas palavras